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Partindo do conto Casa Tomada, de Julio Cortázar, referenciado em uma das obras da Exposição Inventário, em que a artista Beatriz Rodrigues apresenta sua poética sobre as ruínas urbanas, propomos um mergulho nas cidades com a oficina Caminhar, coletar, publicar.

 

Primeiramente, através de reflexões sobre a casa como lugar em que a memória tem suas raízes mais longínquas. Pensamos a casa como morada do inconsciente e da memória.

 

Nesta oficina, apresentamos conceitos que são fundamentais às nossas poéticas pessoais, como a caminhada como prática estética, em conexão com a prática de coletar. A partir das conexões entre nossas poéticas, partimos à construção de uma proposta de uma publicação coletiva.

 

Sobre o caminhar, nossa proposta foi criar uma relação de aproximação com as ruínas urbanas das paisagens. Para nós, o caminhar não se restringe ao deslocamento de um ponto a outro do mapa: ele é uma prática ética, política e estética. Perpassa nossos sentidos, aos quais devemos estar atentos, durante nosso encontro com a paisagem urbana. Observar a paisagem, para então recriá-la. Entender as estruturas que regem as cidades, através das pessoas e suas arquiteturas, e diversas possibilidades de manifestações culturais que são criadas a partir de trajetórias.

 

Como proposta prática ao grupo, sugerimos a produção pessoal de reflexões visuais e textuais, desenvolvidas através de coletas em suas caminhadas pessoais, em sua cidade. Estas coletas de rochas, plantas, vestígios, fotografias, desenhos, colagens, pinturas e pensamentos (e etc…), que permitem compreender um pouco mais a realidade dos espaços que habitamos, através de análises simbólicas e subjetivas dos indícios presentes nas coletas.

 

Mostramos também artistas que trabalharam com esta perspectiva da caminhada como prática estética e relacional, e também apresentamos nossas últimas produções como artistas.

 

Foram também apresentados elementos básicos sobre publicações independentes, que servem como base para a estrutura do livro coletivo composto pelas cartografias produzidas pelos participantes.

Apresentação de conteúdo:

 

  • A casa e a memória;
  • A ruína e o esquecimento;
  • A caminhada como prática estética;
  • A cartografia no campo da arte;
  • Introdução à arte dos livros artesanais;
  • O que faz de um livro um livro?;
  • A materialidade do livro de artista
  • A caminhada como prática estética;
  • A cartografia no campo da arte;
  • Introdução à arte dos livros artesanais;
  • O que faz de um livro um livro?;
  • A materialidade do livro de artista.

Foram realizados experimentos criativos com os participantes, que irão compor o livro de artista coletivo Inventariar ruínas, organizado pelos artistas Beatriz Rodrigues e Gustavo Reginato, e publicado pela Editora Caseira. O livro será  lançado na Feira Empoderamento Gráfico, dentro da programação cultural do Projeto Inventário, em junho de 2021.